segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ser virgem ou não ser, eis a questão!


Hoje em dia, a virgindade é um assunto polémico e que gera bastante discussão.
Muitos jovens preocupam-se com a questão da virgindade, e colocam-se inúmeras questões:

  • o que é ser virgem?
  • Quando se deve perder a virgindade?
  • Com quem?
  • Deve-se perder a virgindade antes ou depois do casamento?

Muitas destas questões que preocupam os jovens estão relacionadas com os valores em que assenta a nossa sociedade, mas na actualidade a SIDA e as restantes doenças de transmissão sexual (DTS), vieram reforçar algumas destas questões.
Geralmente considera-se que uma pessoa é virgem, rapaz ou rapariga, se ainda não teve relações sexuais com penetração do pénis na vagina. Nas raparigas esta situação torna-se mais notória quando o seu hímen é pouco flexível e rasga, provocando uma pequena hemorragia.

Para o ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Jr.,“ter o hímen não necessariamente significa que a mulher seja virgem. Existem outras formas de prazer, como por exemplo, o sexo anal. Uma pessoa que não fez sexo vaginal, mas teve uma penetração anal, não pode mais ser considerada virgem, pois houve uma relação sexual, independente da forma como ela aconteceu”. Segundo ele, manter o hímen está ligado mais à preocupação que as mulheres têm em desempenharem um papel imposto pela sociedade e pela mídia. “Ser virgem está novamente na moda, isso é um fenômeno passageiro, assim como o sexo anal foi moda há algum tempo e hoje não é mais uma preocupação”, comenta.

Não existe uma única definição, a virgindade está mais na cabeça de cada um do que no próprio conceito em si.
Devido ao facto, de tradicionalmente, se considerar que uma rapariga só é virgem se mantiver intacto o seu hímen, tem-se gerado ao longo dos tempos angústias e mal entendidos em casais cuja mulher rompeu o seu hímen por acidente ou não perdeu sangue na primeira relação sexual porque o seu hímen era bastante elástico. Existem também mulheres que sofreram intervenção cirúrgica porque o seu hímen encontrava-se completamente fechado e continuaram a ser virgens até à sua primeira relação sexual. Estas situações mostram que a questão da virgindade não é meramente física mas carregada de valores morais e afectivos.

Perder a virgindade, principalmente para algumas raparigas ainda é uma ideia assustadora motivada pelo relato de histórias algo exageradas de pessoas cuja primeira vez foi muito complicada e difícil, cheia de sofrimento e dor.

De facto, raparigas e rapazes vivem, regra geral, a sua primeira vez debaixo de enorme tensão, quer pela expectativa, quer pela inexperiência, com receio de desiludir o (a) parceiro (a) sexual.
No caso das raparigas a situação pode tornar-se mais complicada e notória, pois o nervosismo e ansiedade dificultam a entrada do pénis na vagina cujos músculos poderão encontrar-se tensos devido à situação.

Alguns jovens consideram importante só perder a virgindade com a pessoa que amam, independentemente de ser antes ou depois do casamento.

Para outros é importante que a sua primeira vez seja após o casamento.

Contudo, o mais importante de tudo é que a primeira vez aconteça quando a pessoa se sente segura e preparada, sem pressões.

Perder a virgindade com responsabilidade, estar consciente das DTS e da sua necessidade de prevenção, assim como das consequências de uma gravidez não planeada, devem ser na actualidade valores de peso na decisão dos jovens sobre a sua primeira vez e "vezes seguintes".

Infelizmente ainda veiculam falsos mitos de que uma rapariga não fica grávida na sua primeira relação sexual ou que quando se é virgem não se contraem DTS. São falsas ideias que ajudam a aumentar o número de grávidas adolescentes no nosso país e a disseminar as DTS.

Já agora, queria deixar aqui o link de um caso que aconteceu com uma pessoa virgem e que eu achei completamente inacreditavel devido a tanta falta de ética por parte destes profissionais: http://pt.shvoong.com/humanities/1796830-humilha%C3%A7%C3%A3o-por-ser-virgem/

0 comentários: